quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Pensando diferente - Escola da Ponte / Thinking different - Escola da Ponte


Uma escola sem prova, sem classes definidas e auto-organizada é possível. É o que mostra a Escola da Ponte, de Portugal, e tantas outras inspiradas por ela que se sustentam em conceitos de liberdade, autonomia e inclusão.

Ouso arriscar que a escola do futuro vai ser assim. Foi o que concluí ouvindo José Pacheco, idealizador da Escola da Ponte. Com muito humor e simplicidade, ele contou a saga da escola que respeita e valoriza as diferenças e a diversidade – verdadeiro contraponto ao sistema educacional esclerosado de dois séculos atrás e ainda em vigência conhecido pela massividade, repressão, uniformização e artificialismo.

Detalhe: a escola da Ponte é pública e seus alunos são avaliados com o melhor desempenho em relação às outras escolas.

Pra saber mais, um bom ponto de partida é o próprio site da escola: http://www.escoladaponte.com.pt/  

A school with no tests, no pre-defined classes and self organized is possible. That´s a reality at the Escola da Ponte, from Portugal, and many other inspired by this school sustaining the concepts of liberty, autonomy and inclusion.

I dare to say that the school of the future will be just like that. That was my conclusion listening to José Pacheco, the creator of Escola da Ponte. With lots of humor and simplicity, he told us about the story of a scholl wich respects differences and diversity - the real counterpoint to an old and sclerotic educational system from two centuries ago and still on, known for it´s massivity, uniformization and artificialism.

Detail: Escola da Ponte is a public school and it´s students are avaliated with the best grades related to other schools.

To know some more, a good beginning is the own school´s website: www.escoladaponte.com.pt




segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Suco Vivo e Alimentação Sustentável / Living Juice and Sustainable Feeding


Suco Vivo e Horta Orgânica / Living Juice and Organic Garden

Apesar de não ser novidade pra muita gente, coloco aqui algumas informações sobre o Suco de Clorofila (ou Suco Vivo), inaugurando posts de “Culinária Sustentável” ou coisa que o valha. Enquanto eu fazia o suco fiquei pensando sobre a produção e preparação de alimentos de maneira mais ecológica, então acho que vale mais colocar um pouco do que eu pensei e já escutei do que a receita em si, que pode ser encontrada facilmente na internet. Mas o que torna uma receita mais sustentável que outra? Pensei em alguns pontos que podem ser considerados.

Primeiro de tudo é importante que os produtos sejam locais, plantados, colhidos e processados, se for o caso, na própria região onde ele é consumido. Isso alivia também o impacto no transporte, pois quanto menor a distância, menos necessidade de embalagem, menos gasto de diesel, menos desgaste de estradas, pneus e peças de veículo, menos emissão de carbono, etc. Entre outras vantagens, valoriza-se a cultura culinária local, consomem-se alimentos mais frescos e com mais vitalidade e emprega-se mais gente na própria região.

          Por falar em mão-de-obra, também é importante que sempre que possível comprar produtos feitos no esquema de agricultura familiar, produzindo alimentos de qualidade e produzidos em escala menor, o que torna possível a não-utilização de agrotóxicos. Aliás, este também é outro ponto fundamental. Sei que nem sempre dá pra comprar orgânicos, porque o preço dos convencionais é menor e há mais oferta. Comprando de pequenos produtores orgânicos você incentiva um ambiente de trabalho mais humano e adequado, pois a saúde do produtor é preservada pelo não-contato com os agrotóxicos.
         
Acho boa idéia evitar alguns alimentos e bebidas industrializados, principalmente aqueles que já vem prontos. No processamento normalmente são adicionados conservantes artificiais e aditivos químicos que não devem fazer bem para a saúde. Não sou bioquímico pra discutir isso, mas não me convence a idéia de que esses glutamatos monossódicos da vida são inofensivos.

Não vou entrar no mérito do tipo de alimentação (cada um tem uma dieta e uma crença sobre isso), mas certamente comer carne todo dia não é das coisas mais sustentáveis. Esse assunto é mais polêmico, eu mesmo quase perdi amigos falando sobre isso, e pode virar tema pra outro post.

Finalmente, nem que seja exclusivamente pelo aproveitamento energético pela absorção de nutrientes, vale a pena comer com calma, saboreando os alimentos, em ambiente tranqüilo.

          Isso tudo é tão óbvio que imagino as próximas gerações comentando sobre como éramos atrasados, porque comíamos alimentos produzidos tão longe de casa e ainda com veneno. 

Ah, sim, a receita do Suco Vivo. Essa eu peguei na Ecovila Viva, mas ela tem várias versões.

Ingredientes:
- Maçã ou batata Yacon (mais indicada porque pode ser produzida no Brasil com mais facilidade)
- Folhas: couve, brócolis, alface, almeirão
- A clorofila em si, um dos segredos do suco. Ela é obtida do broto de trigo germinado - sementes de trigo colocadas num potinho plástico perfurado, durante 3 a 4 dias
- Pode incrementar o suco com berinjela, abobrinha ou beterraba

Modo de fazer: bata tudo no liquidificador. Depois, faça uma espécie de coador com um pano ou filó, pra separar só a parte líquida. Pronto, é simples assim!

Pra ver os benefícios do suco você pode fazer uma pesquisa na internet. Este post já está ficando longo demais...

O suco pronto para ser coado / The juice, ready to pour in 

No news about it, but I post here some information about the Chlorophyll juice (or Living Juice), beginning some posts of “sustainable kitchen” or something similar. While I was doing the juice I kept myself thinking about the production and preparation of food in an ecological way, so I think it´s worth to write some of I´ve heard and listen than to write the recipe itself, wich you can easily find it on the internet. So, what makes one recipe more sustainable than other? I pointed out some relevant aspects on it.

First of all, it´s important to take into consideration the local production, local planting, harvesting and processing in the own area where it´s consumed. That certainly relief the impact on transportation, once less distance means less packing, less spend on oil, less wearing of tires and car parts, less carbon emission, etc. Not counting that you enrich the local culture, have fresh and vital food, employs more people that lives in the region.

          Talking about working, it´s important to buy products made under the familiar agriculture organization, producing small scale quality food, wich becomes possible not to use agrotoxics. Moreover, this is a crucial point. I know it´s hard to always buy organics, because the prices are higher and the offer is lower than the conventional products. If you buy from small organic farmers you give power to a more human and healthy working environment, because they usually don´t have contact with agrotoxics.

I´ve been observing that is also a good idea to avoid some industrialized food and beverage, mainly the ones you buy ready for consumption. In the processing of them, it´s usually added artificial preservatives and chemical additives wich, I believe, are no good for your health. I´m not biochemistry to discuss that, but I just not comfortable to accept that they are inoffensive.

I´m not going deep into the question of what is your kind of diet, because each person has a specific one, but certainly eating meat everyday it´s not one of the most sustainable things. This is a very controversial issue, I almost lost some friends talking about it, so it´s a subject for another post.

Finally, it´s worthy eating calmly in a peaceful environment, enjoying the food, to incorporate the nutrients and the energy offered.

          This is so obvious that I can imagine the next generations talking about how backwards we were, because we use to eat food produced so far from home, and poisoned.

          Oh, yes, the recipe of the Living Juice. This one I had in the Viva! Ecovillage, but it has many versions.

          Ingredients:
-        Apple or Yacon potato (observe wich one you can get locally and easily)
-        Leaves: lettuce, cabbage, chicory, broccoli
-        The chlorophyll itself, one of the secrets of the juice. It´s obtained from the sprout of the germinated wheat – seeds inside a small plastic box with holes in it, during 3 to 4 days.
-        You can add eggplants, zucchini or sugar beet to your juice

How to do: mix everything in the liquidificator, then use a cloth or a bride as a strainer, to separate just the liquid part. Your juice is ready, simple like that!

To know about the benefits of the juice you can make a quick research on the internet. This post is getting too long…

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Lugares - Ecovila Viva! / Places - Viva Ecovillage!





O nome é uma boa tradução para qualificar a Ecovila Viva! Quem visitar a comunidade, na zona rural de Juiz de Fora, vai notar a intensa movimentação de pessoas trabalhando. A proposta é ousada: uma ecovila incubadora de empreendimentos sustentáveis como uma horta orgânica, um viveiro de mudas, um cultivo de shitake, uma fábrica de brinquedos e instrumentos musicais de madeira e bambu, para citar alguns. Tem até um projeto de artesanato com taboas (uma planta aquática que cresce nos brejos da região) com a comunidade próxima, também em funcionamento.
A iniciativa da ecovila é recente, com menos de dois anos. A estrutura básica ainda está sendo construída na filosofia de Bioconstrução: um escritório, uma cozinha comunitária, um galpão para atividades diversas, um banheiro seco. A casinha de alvenaria que já exista na propriedade serve de escritório e base de apoio. A energia utilizada ainda é a da rede elétrica convencional.
Os planos da Ecovila incluem a criação de uma moeda local, a Viva!, que facilitará as trocas internas e ajudará a manter os recursos na própria região. Atualmente moram apenas três pessoas na Ecovila, mas há espaço suficiente para que no futuro hajam mais moradores na propriedade.
Para ir lá: se você tem espírito empreendedor, vai se sentir bem na Ecovila Viva!. Há muito o que fazer, então vale conhecer primeiro as diferentes possibilidades de trabalho para depois propor algo que seja útil e ao mesmo tempo te agrade. Como ainda falta estrutura, quem quiser se voluntariar lá por um tempo tem que levar a própria barraca. É fundamental entrar em contato antes para saber se há vagas e saber mais sobre as condições de hospedagem e trabalho. Contato: ecovilaviva@ecovilaviva.org

The name means a lot to qualify Ecovila Viva! (“viva” means living in Portuguese): who visits the community, located in the rural area of Juiz de Fora/MG – southeast of Brazil – will observe an intense traffic of people working. The proposal is audacious: an ecovillage as a nursery of sustainable enterprises as an organic farming, a hatchery of seeding, a shitake growth, a manufactory of toys and musical instruments made out of wood and bamboo, to name some of them. They also develop a project of handicrafts using taboa (a plant that grows in swamps) with the local community.
The iniciative of the ecovillage is recent, less than two years. The basic buildings are under construction, based the philisofy of Bioconstruction: an office, a communitary kitchen, a warehouse for common activities, a dry toilet. The little house of brickwork already existent in the property is now used as an office.
The plan of the ecovillage include the conception of a local currency, the Viva!, wich will help the local exchanges and will avoid the resources to run away the area. Nowadays are just three people living in the ecovillage, but there is room available to new houses.
To get there: if you are a pushful person, you will feel just fine in the Viva Ecovillage. There is a lot to do, so at first you can get to know all the current activities and then you can do something useful and pleasant for you at the same time. As there is a lack of structure, you have to carry you own tent in order to be a volunteer there. It´s primordial to make a contact before get there to know about conditions of boarding and working conditions. E-mail: ecovilaviva@ecovilaviva.org

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ressaca de SWU / SWU Hangover




Este é o espírito! / That´s the spirit!
Encontrar os amigos, curtir shows inéditos no Brasil, e ainda por cima num evento sustentável? Parecia bom demais pra ser verdade. E era.
O SWU – festival de música com apelo de sustentabilidade ocorrido em Itu nesta semana - foi uma decepção. Me senti roubado. Fiquei espantado com a minha própria ingenuidade, achando que pudesse ser diferente disso. Ainda bem que já escreveram reclamando do festival, de forma melhor do que eu faria e em mídias com maior cobertura. Se interessar, clique no link http://bateestaca.virgula.uol.com.br/2010/10/13/a-insustentavel-esperteza-do-swu/comment-page-2/#comment-1741 ou nesse outro que tem um vídeo sobre o tratamento que recebeu quem ficou no camping http://tv.estadao.com.br/videos,FILA-DO-BANHO-NO-CAMPING-DO-SWU,121373,253,0.htm
A única coisa que eu não ouvi ninguém dizer foi sobre o esquema paralelo de chuveiro clandestino DENTRO da área do camping. Por R$10 você podia tomar banho e usar o banheiro, já que o oferecido pela organização só era acessível depois de filas de até duas horas, dependendo do horário. Detalhe estranho: o banho clandestino aceitava fichas do próprio Festival!!! Surreal.
Porém, nem tudo foi tristeza no SWU. Além de alguns bons shows na arena principal, o movimento do camping foi memorável: violão, atabaque, espontaneidade, muita música, amizade e celebração no “palco grama”. Apesar de tudo, os freqüentadores dos campings deram exemplos de bom humor, resistência pacífica e partilha. Isso também vai ficar na memória. Obrigado aos amigos Fernando e Rojana pela convivência nesses dias!
Meet friends, enjoy never seen before shows, plus in a sustainable event ? It seemed too good to be true. And it was.
The SWU – music festival dressed in a sustainable appeal wich took place in Itu (São Paulo - Brazil) was a delusion. I felt robbed, scared by my own naivety, thinking that things could be different than that. Fortunately many people wrote about the Festival complaining in a better way than I would do and in bigger medias. If you want to take a look, check the links http://bateestaca.virgula.uol.com.br/2010/10/13/a-insustentavel-esperteza-do-swu/comment-page-2/#comment-1741 or this one with a vídeo about the treatment of the people in the camping áreas. http://tv.estadao.com.br/videos,FILA-DO-BANHO-NO-CAMPING-DO-SWU,121373,253,0.htm
The only thing I didn´t listen at all was about the clandestine bathroom/shower INSIDE the camping area. For R$10 you could take a shower and use the bathroom, once by the one offered by the Festival could take up to two hours, depending when you search for it. Strange detail: the clandestine bathroom accepted cards from the own Festival!!! Surreal.
However, not everything was sadness in the SWU. Besides some good shows in the main stage, the people of the camping were remarkable: acoustic guitars, drums, spontaneous manifestations, lots of friendships and celebrations in the “grass stage”. Besides everything, people of the camping areas were a good example of good mood, pacific resistance and share. And it will sticks to my memory. Special thanks to my friends Fernando and Rojana in these days!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Formação em Ecovilas / Ecovillage course


Divulgando curso de Formação de Ecovilas, baseado no programa do Educação Gaia, a ser realizada na Ecovila Terra Una. O curso é imersivo, intensivo e dura uma semana (mais detalhes no folder).

Promoting course in Ecovillage Planning, based on the Gaia Education content, to take place in Terra Una Ecovillage (Brazil). The course is intensive, immersive and takes a week (more details in the folder).


domingo, 26 de setembro de 2010

Lugares - Ecovila Terra Una / Places - Terra Una Ecovillage



Terra Una é uma ONG e uma ecovila, localizada no sul de Minas nas montanhas do município de Liberdade, na Serra da Mantiqueira. O local é um convite à contemplação e meditação, com matas, vista do alto do morro e cachoeiras. A “alma” de Terra Una é formada basicamente por um grupo de amigos que resolveram sair da cidade em busca de uma experiência de vida que os permitisse viver na prática novos conceitos para a restauração planetária. A ecovila está em fase inicial, com enorme potencial de expansão. Atualmente a infra-estrutura é pequena e os espaços comuns estão sendo ampliados. Alguns moradores também já iniciaram a construção de suas casas.

Terra Una tem membros de diferentes formações, com forte vocação educacional. Eles realizam cursos como o de Design para a Sustentabilidade (em parceria com a organização internacional Gaia Education) e estão envolvidos em outros projetos, como o de residência artística.

Para ir: a ecovila recebe visitantes em semanas específicas, abertas a quem quiser ir. Cada pessoa paga uma taxa referente à alimentação (ovolactovegetariana) e contribui com trabalhos como a preparação de refeições e organização de espaços comuns. Você também pode propor trabalhos específicos ou oferecer suas habilidades quando estiver lá (exemplo: dar aulas de yoga, organizar mutirões, ajudar em alguma construção, etc).

É importante entrar em contato com antecedência para saber a programação da ecovila para receber visitantes. Mais informações sobre Terra Una pelo site www.terrauna.org.br e e-mail terrauna@terrauna.org.br.

Terra Una is either an ecovillage and an NGO, located in the mountains of Mantiqueira´s Ridge, in the south of Minas Gerais State (Brazil). The place is an invitation to contemplation and meditation, surrounded by the forest, with amazing sightseeings from the top of the hills and waterfalls. The “soul” of Terra Una is basically formed by a group of friends who decided to abandoned the city in a quest for an experience that could allowed them to live new concepts to the planetary restoration. The ecovillage is just beginning, with huge potential to expand. Infra-structure is still maidenlike and the common spaces are being improved. Some of the villagers already started to build their houses.

Terra Una has members of different backgrounds, with strong educational skills. They organize courses like Design in Sustainability (in partnership with the international organization Gaia Education) and involved in other projects such artistic residence.

To get there: the ecovillage hosts visitors in specific dates, opened to anyone who wants to go. Each person pays a tax to cover the meals (ovolactovegetarian) and contributes to works as preparing food and organizing common spaces. You can also porpose specific jobs or offer your skills (examples: teaching yoga, being part of a task force, constructing buildings, etc). It´s important to keep in touch in advance to know about their availability to host visitors. More information on the site www.terrauna.org.br or email terrauna@terrauna.org.br

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Design em Sustentabilidade / Design in Sustainability




Recomendado por quem faz: Design em Sustentabilidade, promovido pela Gaia Education (www.gaiaeducation.net) é um curso inovador, prático e transformador. Inovador porque se vale das experiências de ecovilas em todo o mundo, comunidades de vanguarda que testaram na prática soluções sustentáveis. Prático porque promove oportunidades de vivências em iniciativas já existentes, além de um estágio em uma ecovila. E transformador porque parte do princípio de que a mudança real começa “de dentro pra fora”, o que é bastante abordado no curso: eu comigo, eu com o outro e eu com o Universo.


Um aspecto importante do curso é a coragem de abordar a Espiritualidade, pela importância que tem na determinação dos outros aspectos da vida. Ela é tratada de forma delicada, com naturalidade e leveza, sem pieguismo, com respeito às tradições existentes mas sem nenhum dogma ou condicionamento.


O curso de Design em Sustentabilidade se divide tem quatro módulos que se complementam: social, econômico, ecológico e visão de mundo. No Brasil, o curso é organizado pela equipe da Ecovila Terra Una (www.terrauna.org.br).


Recomended by who do it: Design in Sustainability, promoted by Gaia Education (www.gaiaeducation.net) is an innovative, practical and transforming course. Innovative because it comes from experiences in ecovillages all over the world, vanguard ecovillages which tested solutions on field. Practical because it promotes opportunities of working on an ongoing experience, besides an internship in a real ecovillage. And transforming because it begins from the statement that the real change starts inside out: me with myself, me with the other and me with the Universe.


An important dimension of the course is the courage to deal with Spirituality, considering the importance it has to determinate other aspects of life. Its approach is light, delicate and natural, without any slushy, respecting existing traditions but without any dogma or conditioning treatment.


The Design in Sustainability course is divided in four complementary modules: social, economic, ecological and world vision. In Brazil, the course is organized by the team of Terra Una Ecovillage (www.terrauna.org.br).


segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O mundo sem Ninguém / Life After People



Recentemente vi um documentário no History Channel que me deixou impressionado: O Mundo sem Ninguém (Life After People, no título original). Muito bacana acompanhar o que aconteceria com o planeta se, de repente, toda a Humanidade sumisse dele. Em menos de 100 anos, boa parte das nossas imponentes cidades de prédios e outras grandes construções terão sumido. Sem a presença humana, grandes incêndios queimam as cidades, as pontes enferrujam e cedem, o asfalto racha e vai se quebrando até não existir mais, os edifícios são tomados por árvores, os córregos que estavam soterrados voltam à superfície. A Natureza vai colocando vida de volta aos espaços.

Com animações computadorizadas que vão mostrando o que acontece ao longo do tempo, o vídeo nos fez pensar em quanto somos arrogantes em achar que temos uma sólida civilização e que somos incrivelmente responsáveis pelo bem estar da Terra.

I saw recently a really good documentary in History Channel called Life After People. Very interesting to see what would happen with the world if, suddenly, all the Humankind just vanish. In less than a 100 years, good part of our amazing cities of great buildings would disappear. Without human presence, big fires would burn the cities, bridges rust and fall, the pavement fissures and cracks until no longer exists, the trees grow over the buildings, the buried creeks come back to the surface. Nature puts back life everywhere.

Made with computer images which shows the changes over the time, this video makes us think how arrogant we are in thinking we have a solid civilization and that we are incredibly responsible for the planet well being.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Movimento Zeitgeist / Zeitgeist Movement


Manifestação organizada por jovens em Lisboa, Portugal / Youngsters organize a manifestation in Lisboon, Portugal

O filme comentado aqui nem é novidade mas achei que deveria escrever alguma coisa a respeito. Há algum tempo recebi o link de um vídeo pra assistir no Youtube. Era um filme chamado Zeitgeist, feito por um jovem videomaker chamado Peter Joseph. Comecei a ver e não consegui parar. O filme questiona instituições religiosas, políticas e financeiras e anuncia o teatro em que estamos vivendo. Há quem diga que é exagero ou paranóia, que o vídeo reforça uma “teoria da conspiração”. Existem até alguns posts que refutam o filme, que também podem ser encontrados no Youtube. No entanto, a forma com que as informações foram organizadas soam no mínimo interessantes.

Há um segundo filme chamado “Zeitgeist Addendum” que fala sobre possíveis soluções e sobre um novo desenho para a cultura e civilização no planeta, com o Projeto Vênus. O filme deu visibilidade ao projeto e hoje existe um movimento mundial em torno disso. Há bastante informação no site www.zeitgeistmovement.com, com mais detalhes.

No Brasil

O movimento Zeitgeist têm representações em vários países, inclusive no Brasil. No site www.movimentozeitgeist.com.br é possível encontrar membros em cada estado, datas e locais de palestras, como participar e até material de apoio ao ativista(!).

The review about this movie is not even news, but it´s worthy to drop a line about it. Some time ago I had a link of this video on Youtube. It was a film called Zeitgeist, made by a young videomaker called Peter Joseph. I strated to see it and just couldn´t stop. The video question religion, social and economical institutions and shows up the theater we´re living in. Some might say is all about overstatement or a reinforcement of a “conspiracy theory”. There are some posts refuting it, also found on Youtube, However, the way the information were organized on the movie are at least interesting.

There is a second movie called “Zeitgesit Addenndum”, focused on possible solutions and about a new design for the civilization and the future of the Earth, within Venus Project. The movie gave visibility to the project and today there is a world movement on it. There is a lot of information on www.zeitgeistmovement.com.

In Brazil

The Zeitgeist Movement has representation in many different countries, including Brazil. In the website www.movimentozeitgeist.com.br you can find members in each state, dates and places of next lectures, how to participate and even material to support activists(!). To find if there is a movement in your country, go to www.zeitgeistmovement.com.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Lugares / Places

Sempre que possível serão mostrados neste blog alguns lugares que já estão em caminhos mais sustentáveis e inspirem soluções de equilíbrio do ambiente.

Whenever it´s possible it will be shown in this blog some places which are already in sustainable pathways and could inspire solutions for environmental balance.

CES

CES é uma vila perdida no meio dos Alpes suíços. É difícil de acreditar que, no coração da Europa, ainda possa existir um lugar onde só se chega a pé, depois de duas horas de caminhada pesada. Chegando lá, o que se vê é um amontoado de casas de madeira e pedra (inclusive o telhado), uma pequena igreja e só. Esse singelo conjunto repousa sobre uma grama verde com florzinhas brancas, emoldurado pelas majestosas montanhas alpinas. As casas mais antigas remontam a 300 anos de idade. De uns anos para cá, a Fondazione per la Rinascita di Chiesso, cujo objetivo principal é revitalizar a vila, mantém um funcionário durante o verão, que cuida das hortas, de uma pequena loja que vende os produtos orgânicos, das casas dos visitantes e da manutenção geral.

Pode-se dizer que o CES ainda tem um bom caminho a percorrer para se tornar uma Ecovila. Hoje, somente um casal de fazendeiros vive lá permanentemente. Outros vêm e ficam lá somente durante uma temporada.

CES is a lost village in the middle of the Swiss Alps. It´s hard to believe that, in the heart of Europe, still could exist such a place that you can get only by foot, after two hours of heavy hiking. Once you get there, what you see is a bunch of houses made out of wood and rocks (including the roof), a little church and that´s it. This homely set lays upon a green field with white little flowers, framed by the majestic alps mountains. The oldest houses are up to 300 years. Recently, the Fondazione per la Rinascita di Chiesso, which main goal is to revitalize the village, keeps some employees during the summertime, taking care of the gardens, a little shop selling organic products, the guest houses and the general maintenance.

It´s right to say that if CES wants to become an Ecovillage, they still have a long way to go. Today, only a couple of farmers live permanently there. Other people come and stay just for a season or in the holidays.

Eco-soluções: muito em razão do isolamento, o CES teve que desenvolver seus próprios sistemas independentes de geração de energia e tratamento de esgoto. Eles tem algumas soluções criativas para diminuir a dependência de eletricidade, como um "forno solar" (uma espécie de estufa que esquenta os alimentos) e a "eco-geladeira", que usa água fria canalizada das nascentes do alto da montanha. Mesmo assim eles tem um sistema de placas solares e uma turbina que gera energia pela força da água. Problemas com esgoto são resolvidos com um sanitário seco, produzindo composto que depois é espalhado pelos campos. Para alimentação, há algumas hortas orgânicas, mas a produção ainda é insufciente para abastecer a vila.

Eco-solutions: mainly because it´s located in a remote area, CES had to develop it´s own independent systems of energy and sewage. They have some creative solutions to decrease their needs of electricity, like the solar owen (a kind of a glasshouse to warm up the food) and the “eco-fridge”, running on cold water from the springs up in the mountain. Anyway, they have a system of solar cells and a turbine that generates power through the power of the water. Problems with the sewage are solved with the dry toilet, producing compost spread later in the fields. For alimentation, they are running some organic gardens, but the production is not yet big enough to feed the village.

Acima: forno solar, banheiro seco e colheita na horta orgânica / Above: solar owen, dry toilet and harvesting on the organic garden

Para ir lá: para os interessados em passar um tempo lá, a vila está aberta no verão europeu. A Fundação mantém algumas casas, que podem ser alugadas na temporada. Outra alternativa é combinar de trocar seu trabalho por comida e acomodação. Neste caso, vá preparado para uma experiência dura mas gratificante: cultivar uma horta orgânica ou cortar madeira são algumas das opções.

To get there: For the ones interested in spend some time there, the village is open in the european Summer. The Foundation takes care of some houses that could be rent for the season. Other alternative is to exchange your work for food and accommodation. If you choose that, get ready for a hard working experience: organic gardening or chop wood are some of the options.


Línguas: o CES fica na região de Ticino, próxima à fronteira com o norte da Itália. Por isso, além do alemão suíço, o italiano também é muito falado. Se você não fala nenhuma dessas línguas pode ficar um pouco perdido nas conversas. O inglês também é falado mas ninguém faz muita questão de se comunicar nesse idioma.

Languages: CES is located on the Ticino canton, next to the Italian border. That´s why besides swiss german, the majority speaks Italian. If you don´t speak any of these languages you can get a bit lost. English is also spoken but not many people make efforts to speak it.


Contato /Contact: Oliver Rutz – Fondazione per la Renascita de Ciesso. E-mail:info@cesnet.ch . Tel: 0041918651414, or 0041792702230

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Diversidade para a Sustentabilidade


A seguir uma matéria sobre assuntos interessantes discutidos em curso de Sustentabilidade

Palestras e trabalhos em grupo fizeram parte do programa


Grupo multicultural de jovens se reúne na Suíça para discutir desafios do planeta


Representantes de mais de vinte países dos cinco continentes se reuniram para discutir problemas e soluções sustentáveis para o planeta, em encontro sediado nos alpes suíços no último mês de julho. O YES – Youth Encounter on Sustainability (Encontro de Jovens para a Sustentabilidade) é uma iniciativa de um grupo de universidades de todo o mundo que tem como prerrogativa selecionar para os seus cursos um grupo multidisciplinar e multicultural.

Este diferencial, que faz o “charme” do curso, se traduz em jeitos diferentes de pensar o futuro e discussões interessantes sobre a tão falada (e tão pouco praticada) Sustentabilidade. Haviam representantes do Brasil, Colômbia, Egito, Índia, Nepal, Vietnã, Canadá, África do Sul, Costa Rica, Austrália, Quênia, Suíça, Suécia, Cazaquistão, Eslováquia, México, Estados Unidos, Jordânia, Inglaterra, Turquia e Paquistão.

Entre os assuntos estudados, muita informação sobre energia, disponibilidade de matérias primas, economia, água, agricultura e organização social. Abaixo, seguem alguns dos tópicos discutidos e questões levantadas:


- O crescimento da classe média em países como o Brasil e Índia aumenta consideravelmente a pressão no ambiente. Isso porque o padrão de consumo da “nova” classe média copia o da antiga classe média. É claro que ninguém está propondo que a condição de vida da população se mantenha baixa, mas sim uma revisão nos padrões de consumo. Qual é a relação real entre qualidade de vida e consumismo?


- Às vezes uma melhoria para o ambiente tem efeito contrário ao esperado. É o “rebound effect” (algo como “efeito de repercussão” em português). Quando inventaram a lâmpada de filamento, estas eram quatro vezes mais econômicas que as que foram substituídas. As companhias elétricas estavam preocupadas com a nova tecnologia, com medo que o consumo caísse drasticamente. Porém, o que aconteceu foi o contrário. Com a tecnologia mais barata e acessível, muitos novos consumidores podiam pagar pela eletricidade, aumentando ainda mais o consumo.


- Outro conceito interessante é o de "Exponencial Growth" (Crescimento Exponencial). Significa que se você fizer um gráfico de crescimento x tempo, verá uma curva incrivelmente inclinada para cima a partir de um determinado momento. Isso ocorre, por exemplo, com o crescimento da população, com o aumento da demanda energética e com o aumento da temperatura do planeta. Em resumo, quase tudo está crescendo muito rápido e em muito pouco tempo.


- A dependência energética foi incansavelmente discutida. Se hoje quase tudo funciona na base do petróleo, o futuro mostra algo diferente. Segundo projeções da conservadora International Energy Agency - Agência Internacional de Energia (www.iea.org), as reservas de petróleo não durarão muito tempo. Hoje já existe muita gente falando no "Peak Oil" (Pico do Petróleo), numa alusão ao ponto mais alto de uma curva descendente de produção de barris/dia. Alguns ativistas como a escritora Diana Leafe estão dizendo que já chegamos pelo menos na metade das reservas disponíveis. Segundo ela, a questão não é que o petróleo vai acabar. O problema é que ele vai ficar bem mais caro, ainda mais porque a demanda de energia é exponencial, aumentando a cada dia.


- É normal que se compre uma fruta no Brasil importada de outro país, mais barata, quando o mesmo produto pode ser encontrado aqui? Será que não há nada errado com isso? Produtos altamente subsidiados pelos governos institucionalizam o comércio injusto, criando verdadeiros monopólios de megacompanhias agrícolas. Subsídios tem influência determinante sobre o preço de alguns produtos. É o caso das calorias baratas vendidas em forma de gordura saturada em hamburguers, batatas fritas e refrigerantes em lugares como os EUA. Lá é mais barato comprar um combo numa cadeia de lanchonetes do que se alimentar com frutas e verduras (ver filme Food Inc., a ser lançado em breve). Se o Brasil não ficar esperto, o mesmo vai acontecer por aqui.


- Apesar disso, a Agricultura Orgânica vai ganhando o seu espaço. Em muitos países da Europa já é possível dizer que existe uma massa crítica que vem dando suporte ao crescimento de orgânicos. A variedade é tanta que dá até pra comprar pasta de dente feita com ingredientes produzidos organicamente. Na Suíça a produção orgânica representa pelo menos 10% do total.


- Uma barreira ao crescimento dos orgânicos é o preço: é mais caro encher um carrinho com estes produtos do que com os convencionais, seja no Brasil ou em qualquer lugar do mundo. Uma explicação pra isso é porque a produção é mais artesanal; outra é porque a necessidade de certificação dos produtos aumenta o preço final para o consumidor; outra ainda é porque estes produtos tem menos recursos para pesquisas e desenvolvimento do que os convencionais, influindo no preço.


- Com o fator peso-no-bolso, ainda não são muitos os que se propõem a levar muitos itens orgânicos para casa. O consumidor determinado a se alimentar melhor muitas vezes tem que escolher entre alguns produtos e levar em consideração algumas informações para essas escolhas. É sabido por exemplo que o tomate e o morango, por terem a pele fina, são generosamente pulverizados com pesticidas. Logo, induz-se que é melhor priorizar estes se tivermos que fazer escolhas. Mas e a cenoura, que cresce embaixo da terra? Qual é o nível de contaminação a que está exposta? Onde o consumidor pode procurar este tipo de informação?


- O fato é que muita gente está produzindo orgânicos há milênios e nem sabem que agora alimentos produzidos naturalmente levam esse nome e esse frisson. O interior do Brasil está cheio de gente assim. Mesmo na Europa em regiões montanhosas, naturalmente isoladas, é mais comum encontrar a produção orgânica. Uma das principais razões para isso é que o relevo acidentado dificulta mecanizar a produção. Tem que ser tudo “no braço”, mesmo.


- Pensando sobre decisões, é interessante ver como os suíços lidam com a democracia. Todos votam a pelo menos cada dois meses, recebendo uma lista de assuntos pra decidir. Na região conhecida como Glarus, uma vez ao ano pelo menos uma pessoa de cada casa vai pra praça pública votar, levantando a mão pra cada assunto. A coisa funciona mais ou menos como os nossos plebiscitos (lembra daquele sobre a legalização de armas?), só que permanente. Cada cidadão tem que ficar informado sobre os lados de cada questão pra não arrepender depois, por isso é comum ver nas ruas e no comércio todo tipo de gente discutindo os assuntos.


- Não é nenhuma novidade, mas vale nota: uma das coisas mais insustentáveis que existem é a Corrupção. Estritamente do ponto de vista de aproveitamento energético (recursos investidos e retorno obtido), não existe desperdício maior.


- Só pra terminar com mais uma questão: por quê a taxa de suicídio em países como a Suécia e a Suíça é uma das maiores do mundo, se são lugares com alta qualidade de vida? Será que é o clima? Será que faltam desafios aos jovens? Por que a vida se torna insustentável a ponto de alguém querer tirá-la?

Guilherme Vancura é jornalista e vem se dedicando a conhecer e difundir referências sustentáveis. Foi o representante do Brasil no YES 2010.


Follow up an articule about interesting issues on the Yes Sustainability course


Hotel at Braunwald: Swiss Alps inspired discussions

Diversity for Sustainability

Young, multicultural group gather in Switzerland to discuss Sustainability

More than 20 countries of the 5 continents were represented to discuss sustainable problems and solutions to the planet, in a meeting in the swiss alps last July. The YES – Youth Encounter on Sustainability is a initiative of a pool of universities around the globe that selects a multidisciplinar and multicultural group to it´s courses.

This differential, that brings “charm” to the course, is translated in many different ways on thinking about the future and very interesting discussions on the overtalked (and underpracticed) Sustainability. There were representants of Brazil, Colombia, Egypt, India, Nepal, Vietnam, Canada, South Africa, Costa Rica, Australia, Kenya, Switzerland, Sweden, Cazaquistan, Slovaquia, Mexico, United States, Jordan, England, Turkey and Paquistan.

Some issues deserved a lot of attention, like Energy, Availability of Raw Materials, Economy, Water, Agriculture and Social Organization. Below, a selection on some of the most interesting topics discussed:

- The soaring of the middle class in countries as Brazil and India increases the pressure over the environment. That´s because the consumption standards of the “new” middle class follows up the “old” middle class patterns. Of course nobody is suggesting that life conditions of the population keep low, but a revision of the consumption standards. What is the relationship between quality of life and consumption?

- Sometimes an improvement to the environment has an opposite effect as expected. That´s the “rebound effect”. When the filament lamp was invented, it were about 4 times more economical than the old ones. The power companies were concerned about the new technology, afraid of a possible decrease of the energy consumption. Actually, what happened was the opposite: the filament lamps were cheaper, allowing a big number of new consumers, and the demand on electricity power increased even more.

- Another interesting concept discussed was the “Exponential Growth”. It means that in a graphic of growing X time, you´ll see a curve amazingly inclined up in a short period of time. That happens, for example, in a graphic of population increase, growing of energetic demand and with the average temperature of the planet. In a few words, almost everything is growing abrupting in an exponential way.

- Energetic dependency discussions were such a fascinating issue. If today almost everything runs on oil, the future shows something different. According to the conservative International Energy Agency (www.iea.org), the oil supply will not last longer. Nowadays there are many people talking about the Oil Peak, mentioning the highest point in a descendent curve of production in barrels/day. Some activists as the writer Diana Leafe are even saying that we already hit at least the half of available oil. The big question is that the oil is not going to finish, but it will become much more expensive, considering that the demand is increasing everyday.

- It should be considered normal that you buy a fruit in Brazil imported from another country, even if the same product could be bought in the country? That´s nothing wrong with that? Highly subsided products by the government institucionalize the unfair trade, creating monopolies of agricultural megacompanies. Subsides have an influence over the prices of some products, making some of them cheaper than the others. That´s what happens, for example, on the calories sold in saturated fats as hamburgers, fries and soda in places such USA. In those countries, it´s cheaper to buy a combo in a Mac Donalds restaurant than to buy fruits and vegetables (see the movie Food Inc., to be released soon). If Brazil don´t pay attention on it, the same will happen here.


- Despite of it, organic agriculture is achieving more consumers. In many countries of Europe is possible to say that exists already a critical mass supporting the increasing on the organics, buying from food to toothpaste. In Switzerland the “bio” production is responsible for at least 10% of the total.


- A barrier to the soaring on the organics is the price: it´s more expensive to fill up your cart with those products if make a comparison to the regular ones, in Brazil or anywhere else in the world. A common explanation for that resides in the fact that the growing is artisanal; some other people say that the need to certificate it increases the final price for the consumer; organic farmers also claim that organics have less resources for research and development than the conventional products, also affecting the price.


- Considering the price factor, not many people choose to take organics home. Many times, the consumer have to choose between some products and take into consideration some useful information. It´s known, for instance, that tomatoes and strawberries are well pulverized with pesticides, because of their thin skin. So you can induce that is better to priorize those items if you have to choose. But what about the carrot or potatoes, wich grows under the earth? What about it´s level of contamination in exposure to pesticides? Where the consumer can look for that sort of information?


- That fact is that many people are producing organics in thousands of years and they don´t even know that now naturally production food have this name and this frisson. The interior of Brazil has many people doing it. Even in Europe, in the mountains, naturally isolated areas, is easier to find an organic production. In rugged areas is hard to mechanize production, so everything have to run in a manual way.


- Talking about deciding, that´s really interesting to observe how swiss people deal with democracy. Everybody votes at least once in every two months, receiving a list of issues to decide on. In Glarus canton, once a year at least one person of each house goes to public square to vote, raising a hand for each issue. It´s very alike the plebiscite votation in Brazil, but much more frequently. Each citizen have to be informed about the issues and the consequences of the votation, that´s why is easy to see people in the streets discussing about the subjects.


- No news about it, but it´s good to point out: one of the most unsustainable things ever is Corruption. Strictly from the energetic recovery point of view (invested resources and obtained regress), there is no bigger waste.


- Just to finish with one more question: why the suicide tax in countries as Sweden and Switzerland is one of the biggest in the world, if such places have one of the highest quality of life levels? Is it the weather? Is there any lack of challenges? Why life becomes so unsustainable to make someone from his own will, take it away?


Guilherme Vancura is a journalist and is dedicated to know and spread sustainable references. Represented Brazil in YES 2010.