quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Pensando diferente - Escola da Ponte / Thinking different - Escola da Ponte


Uma escola sem prova, sem classes definidas e auto-organizada é possível. É o que mostra a Escola da Ponte, de Portugal, e tantas outras inspiradas por ela que se sustentam em conceitos de liberdade, autonomia e inclusão.

Ouso arriscar que a escola do futuro vai ser assim. Foi o que concluí ouvindo José Pacheco, idealizador da Escola da Ponte. Com muito humor e simplicidade, ele contou a saga da escola que respeita e valoriza as diferenças e a diversidade – verdadeiro contraponto ao sistema educacional esclerosado de dois séculos atrás e ainda em vigência conhecido pela massividade, repressão, uniformização e artificialismo.

Detalhe: a escola da Ponte é pública e seus alunos são avaliados com o melhor desempenho em relação às outras escolas.

Pra saber mais, um bom ponto de partida é o próprio site da escola: http://www.escoladaponte.com.pt/  

A school with no tests, no pre-defined classes and self organized is possible. That´s a reality at the Escola da Ponte, from Portugal, and many other inspired by this school sustaining the concepts of liberty, autonomy and inclusion.

I dare to say that the school of the future will be just like that. That was my conclusion listening to José Pacheco, the creator of Escola da Ponte. With lots of humor and simplicity, he told us about the story of a scholl wich respects differences and diversity - the real counterpoint to an old and sclerotic educational system from two centuries ago and still on, known for it´s massivity, uniformization and artificialism.

Detail: Escola da Ponte is a public school and it´s students are avaliated with the best grades related to other schools.

To know some more, a good beginning is the own school´s website: www.escoladaponte.com.pt




segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Suco Vivo e Alimentação Sustentável / Living Juice and Sustainable Feeding


Suco Vivo e Horta Orgânica / Living Juice and Organic Garden

Apesar de não ser novidade pra muita gente, coloco aqui algumas informações sobre o Suco de Clorofila (ou Suco Vivo), inaugurando posts de “Culinária Sustentável” ou coisa que o valha. Enquanto eu fazia o suco fiquei pensando sobre a produção e preparação de alimentos de maneira mais ecológica, então acho que vale mais colocar um pouco do que eu pensei e já escutei do que a receita em si, que pode ser encontrada facilmente na internet. Mas o que torna uma receita mais sustentável que outra? Pensei em alguns pontos que podem ser considerados.

Primeiro de tudo é importante que os produtos sejam locais, plantados, colhidos e processados, se for o caso, na própria região onde ele é consumido. Isso alivia também o impacto no transporte, pois quanto menor a distância, menos necessidade de embalagem, menos gasto de diesel, menos desgaste de estradas, pneus e peças de veículo, menos emissão de carbono, etc. Entre outras vantagens, valoriza-se a cultura culinária local, consomem-se alimentos mais frescos e com mais vitalidade e emprega-se mais gente na própria região.

          Por falar em mão-de-obra, também é importante que sempre que possível comprar produtos feitos no esquema de agricultura familiar, produzindo alimentos de qualidade e produzidos em escala menor, o que torna possível a não-utilização de agrotóxicos. Aliás, este também é outro ponto fundamental. Sei que nem sempre dá pra comprar orgânicos, porque o preço dos convencionais é menor e há mais oferta. Comprando de pequenos produtores orgânicos você incentiva um ambiente de trabalho mais humano e adequado, pois a saúde do produtor é preservada pelo não-contato com os agrotóxicos.
         
Acho boa idéia evitar alguns alimentos e bebidas industrializados, principalmente aqueles que já vem prontos. No processamento normalmente são adicionados conservantes artificiais e aditivos químicos que não devem fazer bem para a saúde. Não sou bioquímico pra discutir isso, mas não me convence a idéia de que esses glutamatos monossódicos da vida são inofensivos.

Não vou entrar no mérito do tipo de alimentação (cada um tem uma dieta e uma crença sobre isso), mas certamente comer carne todo dia não é das coisas mais sustentáveis. Esse assunto é mais polêmico, eu mesmo quase perdi amigos falando sobre isso, e pode virar tema pra outro post.

Finalmente, nem que seja exclusivamente pelo aproveitamento energético pela absorção de nutrientes, vale a pena comer com calma, saboreando os alimentos, em ambiente tranqüilo.

          Isso tudo é tão óbvio que imagino as próximas gerações comentando sobre como éramos atrasados, porque comíamos alimentos produzidos tão longe de casa e ainda com veneno. 

Ah, sim, a receita do Suco Vivo. Essa eu peguei na Ecovila Viva, mas ela tem várias versões.

Ingredientes:
- Maçã ou batata Yacon (mais indicada porque pode ser produzida no Brasil com mais facilidade)
- Folhas: couve, brócolis, alface, almeirão
- A clorofila em si, um dos segredos do suco. Ela é obtida do broto de trigo germinado - sementes de trigo colocadas num potinho plástico perfurado, durante 3 a 4 dias
- Pode incrementar o suco com berinjela, abobrinha ou beterraba

Modo de fazer: bata tudo no liquidificador. Depois, faça uma espécie de coador com um pano ou filó, pra separar só a parte líquida. Pronto, é simples assim!

Pra ver os benefícios do suco você pode fazer uma pesquisa na internet. Este post já está ficando longo demais...

O suco pronto para ser coado / The juice, ready to pour in 

No news about it, but I post here some information about the Chlorophyll juice (or Living Juice), beginning some posts of “sustainable kitchen” or something similar. While I was doing the juice I kept myself thinking about the production and preparation of food in an ecological way, so I think it´s worth to write some of I´ve heard and listen than to write the recipe itself, wich you can easily find it on the internet. So, what makes one recipe more sustainable than other? I pointed out some relevant aspects on it.

First of all, it´s important to take into consideration the local production, local planting, harvesting and processing in the own area where it´s consumed. That certainly relief the impact on transportation, once less distance means less packing, less spend on oil, less wearing of tires and car parts, less carbon emission, etc. Not counting that you enrich the local culture, have fresh and vital food, employs more people that lives in the region.

          Talking about working, it´s important to buy products made under the familiar agriculture organization, producing small scale quality food, wich becomes possible not to use agrotoxics. Moreover, this is a crucial point. I know it´s hard to always buy organics, because the prices are higher and the offer is lower than the conventional products. If you buy from small organic farmers you give power to a more human and healthy working environment, because they usually don´t have contact with agrotoxics.

I´ve been observing that is also a good idea to avoid some industrialized food and beverage, mainly the ones you buy ready for consumption. In the processing of them, it´s usually added artificial preservatives and chemical additives wich, I believe, are no good for your health. I´m not biochemistry to discuss that, but I just not comfortable to accept that they are inoffensive.

I´m not going deep into the question of what is your kind of diet, because each person has a specific one, but certainly eating meat everyday it´s not one of the most sustainable things. This is a very controversial issue, I almost lost some friends talking about it, so it´s a subject for another post.

Finally, it´s worthy eating calmly in a peaceful environment, enjoying the food, to incorporate the nutrients and the energy offered.

          This is so obvious that I can imagine the next generations talking about how backwards we were, because we use to eat food produced so far from home, and poisoned.

          Oh, yes, the recipe of the Living Juice. This one I had in the Viva! Ecovillage, but it has many versions.

          Ingredients:
-        Apple or Yacon potato (observe wich one you can get locally and easily)
-        Leaves: lettuce, cabbage, chicory, broccoli
-        The chlorophyll itself, one of the secrets of the juice. It´s obtained from the sprout of the germinated wheat – seeds inside a small plastic box with holes in it, during 3 to 4 days.
-        You can add eggplants, zucchini or sugar beet to your juice

How to do: mix everything in the liquidificator, then use a cloth or a bride as a strainer, to separate just the liquid part. Your juice is ready, simple like that!

To know about the benefits of the juice you can make a quick research on the internet. This post is getting too long…